A lenda "O Negrinho do Pastoreio" foi publicada pela primeira vez no "Correio Mercantil" em 26 de Dezembro de 1906. No livro "Lendas do Sul", de João Simões Lopes Neto, a obra aparece juntamente com outras histórias da cultura popular gauchesca. O autor, incorporando a fala simples, em gestos e prosa, do personagem Blau Nunes, gaúcho pobre mas de bom causo, traz a história de um menino negro, sem nome, a quem todos chamavam Negrinho.
Negrinho era escravo de um estancieiro conhecido por ser um homem muito mau e cauíla, que a ninguém ajudava. Seu filho,mais o cavalo baio cabos-negros e o Negrinho eram os únicos que ele olhava nos olhos.
Este estancieiro desafiou seu vizinho em uma carreira. O baio, montado pelo Negrinho, corria contra o cavalo mouro do outro fazendeiro. Apesar de todas as preces do escravo à Virgem, Nossa Senhora, da qual ele mesmo se dizia afilhado, o vencedor foi o cavalo mouro. De volta à fazenda, o estancieiro mandou açoitar Negrinho. Na madrugada, ordenou-lhe que fosse pastorear, auxiliado apenas pelo cavalo baio, trinta tordilhos negros.
Negrinho passou o dia inteiro sem comer e à noite não conseguia dormir com o medo, frio e fome que o incomodavam. Somente após pensar em sua madrinha Virgem Nossa Senhora conseguiu acalmar-se e adormecer. Mas, enquanto dormia, vieram os guaraxains e cortaram a corda que prendia o cavalo baio. Este, assim que se viu solto, espantou toda a tropilha e fugiu.
Ao amanhecer, o filho do estancieiro foi até a coxilha onde deveriam estar os cavalos. Quando chegou ao local, vendo que os animais não estavam ali, voltou para a fazenda e disse ao pai que o Negrinho deixara a tropilha fugir. O estancieiro novamente mandou dar-lhe uma surra e ordenou-lhe que fosse buscar a tropilha. O Negrinho, auxiliado apenas por um pedaço de vela aceso, que havia pego no oratório da casa, saiu para encontrar os cavalos. Por onde passava, os pingos de vela permaneciam acesos e chegaram a tal número que clareavam toda a estância. Assim, o menino escravo encontrou os animais. Porém, no início da manhã seguinte, o filho do estancieiro foi até a coxilha e enxotou todos os cavalos.
Desta vez, o castigo foi tão forte que o menino acbou morrendo. Não contentando-se com a morte do escravo, o estancieiro pôs seu corpo em um formigueiro, para que fosse devorado.
Os peões da fazenda procuraram a tropilha durante dias, mas nada encontraram. "Então o senhor foi ao formigueiro para ver o que restava do corpo do escravo." Quando chegava perto do local, avistou o menino, o cavalo baio e toda a trpilha, acompanhados da Virgem, Nossa Senhora. O estancieiro, então, caiu de joelhoes diante do Negrinho, que montou no cavalo baio e foi embora com os trinta tordilhos.
A história espalhou-se e todos acreditavam ter ocorrido um milagre. Dessa época até hoje, o Negrinho ajuda a encontrar objetos perdidos. Para coneguir sua ajuda, basta acenter "um coto de vela, cuja luz ele leva para o altar da Virgem Senhora Nossa, madrinha dos que não a têm."
A simplicidade da narrativa popular, presente em todas as rodas de chimarrão, e o sentido religioso abordado pelo autor, são os principais ingredientes dessa história. Ao dar "a palavra a um interlocutor ideal de roda galponeira que, entre um mate e outro mate, retoma o fio da prosa, para contar mais um causo", como afirma Augusto Meyer, o autor, na obra "Lendas do Sul" relata uma uma criação anônima, que surgiu exatamente no âmbito popular, sem deturpar sua magia.
Negrinho era escravo de um estancieiro conhecido por ser um homem muito mau e cauíla, que a ninguém ajudava. Seu filho,mais o cavalo baio cabos-negros e o Negrinho eram os únicos que ele olhava nos olhos.
Este estancieiro desafiou seu vizinho em uma carreira. O baio, montado pelo Negrinho, corria contra o cavalo mouro do outro fazendeiro. Apesar de todas as preces do escravo à Virgem, Nossa Senhora, da qual ele mesmo se dizia afilhado, o vencedor foi o cavalo mouro. De volta à fazenda, o estancieiro mandou açoitar Negrinho. Na madrugada, ordenou-lhe que fosse pastorear, auxiliado apenas pelo cavalo baio, trinta tordilhos negros.
Negrinho passou o dia inteiro sem comer e à noite não conseguia dormir com o medo, frio e fome que o incomodavam. Somente após pensar em sua madrinha Virgem Nossa Senhora conseguiu acalmar-se e adormecer. Mas, enquanto dormia, vieram os guaraxains e cortaram a corda que prendia o cavalo baio. Este, assim que se viu solto, espantou toda a tropilha e fugiu.
Ao amanhecer, o filho do estancieiro foi até a coxilha onde deveriam estar os cavalos. Quando chegou ao local, vendo que os animais não estavam ali, voltou para a fazenda e disse ao pai que o Negrinho deixara a tropilha fugir. O estancieiro novamente mandou dar-lhe uma surra e ordenou-lhe que fosse buscar a tropilha. O Negrinho, auxiliado apenas por um pedaço de vela aceso, que havia pego no oratório da casa, saiu para encontrar os cavalos. Por onde passava, os pingos de vela permaneciam acesos e chegaram a tal número que clareavam toda a estância. Assim, o menino escravo encontrou os animais. Porém, no início da manhã seguinte, o filho do estancieiro foi até a coxilha e enxotou todos os cavalos.
Desta vez, o castigo foi tão forte que o menino acbou morrendo. Não contentando-se com a morte do escravo, o estancieiro pôs seu corpo em um formigueiro, para que fosse devorado.
Os peões da fazenda procuraram a tropilha durante dias, mas nada encontraram. "Então o senhor foi ao formigueiro para ver o que restava do corpo do escravo." Quando chegava perto do local, avistou o menino, o cavalo baio e toda a trpilha, acompanhados da Virgem, Nossa Senhora. O estancieiro, então, caiu de joelhoes diante do Negrinho, que montou no cavalo baio e foi embora com os trinta tordilhos.
A história espalhou-se e todos acreditavam ter ocorrido um milagre. Dessa época até hoje, o Negrinho ajuda a encontrar objetos perdidos. Para coneguir sua ajuda, basta acenter "um coto de vela, cuja luz ele leva para o altar da Virgem Senhora Nossa, madrinha dos que não a têm."
A simplicidade da narrativa popular, presente em todas as rodas de chimarrão, e o sentido religioso abordado pelo autor, são os principais ingredientes dessa história. Ao dar "a palavra a um interlocutor ideal de roda galponeira que, entre um mate e outro mate, retoma o fio da prosa, para contar mais um causo", como afirma Augusto Meyer, o autor, na obra "Lendas do Sul" relata uma uma criação anônima, que surgiu exatamente no âmbito popular, sem deturpar sua magia.
O texto você encontra em http://www.terrabrasileira.net/folclore/regioes/3contos/negrinho.html
Mais informações sobre a lenda e o autor em http://pt.wikipedia.org/wiki/Negrinho_do_Pastoreio .
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