terça-feira, 9 de outubro de 2007

A la pucha, tchê!


Luis Fernando Veríssimo acaba de completar 71 anos no último dia 26. Jornalista porto alegrense, filho de Érico Veríssimo e pai de três filhos, tem uma vasta bibliografia que dá gosto de estudar. O colunista da Zero Hora, já trabalhou de tradutor a “editor de frescuras" e nunca se separou do seu saxofone.

Sua obra hoje posta em discussão é “O Analista de Bagé” que pelas palavras do autor “ele não poderia vir de outro lugar”, e segundo o próprio analista “Mais ortodoxo que reclame de xarope”. O regionalismo e o humor são as características mais marcantes da obra e a naturalidade que passa em seus textos nos faz novamente se duvidar de sua já comprovada timidez.

As gargalhadas são garantidas, mas se você tem algum causo difícil e que não parece ter solução ou esta precisando de alguns bons conselhos a leitura se torna leitura obrigatória. Pois aonde mais vão lhe dizer algo parecido com “Mas tu também é um bagual. Tu não sabe que em mulher e cavalo novo não se mete a espora?” ou “Vai te metê na zona e deixa a velha em paz, tchê!”.

Para quem quiser conferir alguns dos causos do analista www.releituras.com/lfverissimo_analista.asp. Até a próxima semana.


"Um escritor que passasse a respeitar a intimidade gramatical das suas palavras seria tão ineficiente quanto um gigolô que se apaixonasse pelo seu plantel. Acabaria tratando-as com a deferência de um namorado ou com a tediosa formalidade de um marido. A palavra seria sua patroa! Com que cuidados, com que temores e obséquios ele consentiria em sair com elas em público, alvo da impiedosa atenção de lexicógrafos, etimologistas e colegas. Acabaria impotente, incapaz de uma conjunção. A Gramática precisa apanhar todos os dias para saber quem é que manda." (O Gigolô das palavras) Érico Veríssimo.

Nenhum comentário: